Acidente aéreo em Vinhedo, São Paulo, não deixou sobreviventes (62 pessoas a bordo). O Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) recuperou as duas caixas-pretas da aeronave.
As duas caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo (SP), recuperadas pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos, serão cruciais para a investigação das causas do acidente, que resultou na morte de todas as 62 pessoas a bordo.
Esses dispositivos, conhecidos pela sua resistência, desempenham um papel fundamental na determinação das causas de desastres aéreos e na prevenção de futuros incidentes. Um exemplo marcante é o caso das caixas-pretas do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009. Elas foram encontradas quase dois anos após o acidente, ajudando a elucidar o que ocorreu com a aeronave que fazia o trajeto Rio-Paris.
O desenvolvimento dessas caixas-pretas remonta à Segunda Guerra Mundial, quando a análise de acidentes com aeronaves militares se tornou uma prioridade, de acordo com a Enciclopédia Britannica. A necessidade de melhorar a segurança aérea foi ainda mais destacada após uma série de desastres com jatos De Havilland Comet nos anos 1950. Foi nesse contexto que David Warren, um cientista australiano, projetou o primeiro gravador capaz de capturar voz e dados, dando início ao aprimoramento contínuo desses dispositivos até os modelos modernos que utilizamos hoje.
Como são as caixas pretas? Apesar do nome, esses dispositivos são, na verdade, da cor laranja, o que tende a facilitar as buscas em casos de acidentes.
De que são feitas? De titânio e aço.
Qual é o tamanho? Elas não são muito grandes, mas pesam cerca de 4,5 kg e têm quatro partes principais:
- um chassi ou interface projetada para proteger o dispositivo e facilitar a gravação e reprodução;
- um farol localizador subaquático;
- a carcaça do núcleo ou “unidade de memória de sobrevivência a choques” feita de aço inoxidável ou titânio;
- é dentro dessa estrutura que ficam armazenadas as gravações, geralmente em chips.
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